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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Catalão:150 anos de história

Há 150 anos nascia na beira do Córrego do Almoço nossa querida Catalão. Terra de homens e mulheres aguerridos e trabalhadores. Desde sua emancipação política tornou-se um centro de referência da região Sudeste do Estado. Distante 100 km de Uberlândia, a principal cidade do Triângulo Mineiro, 280 km de Brasília, 255 km de Goiânia e cerca de 500 km do centro dinâmico do País, Catalão deu início a seu processo de desenvolvimento a partir do deslocamento para aquela terra de descendentes de espanhóis, italianos, portugueses, libaneses, sírios, brasileiros e de outras importantes nacionalidades que, juntas, começaram a construir o seu legado.

No campo econômico, as atividades ali desenvolvidas guardavam certa ligação com o apogeu do café em São Paulo e seu processo emergente de industrialização. A estrada de ferro, que fazia parte da logística de colocação do produto no mercado externo, se estendeu até Goiás, beneficiando diretamente o desenvolvimento daquele município. Isto ampliou a ligação dos catalanos com os mineiros, em face da proximidade e das atividades correlatas que passaram a desenvolver.

Passaram-se os anos e mesmo com a edificação de Goiânia os vínculos econômicos estavam mais ligados a Uberlândia. Fato este que começou a se modificar na entrada dos anos 70. Catalão, pela riqueza de seu subsolo e a qualidade de seus representantes, começou a se inserir no rol de benefícios trazidos com o primeiro e segundo Plano Nacional de Desenvolvimento.

Naquela época, passou da energia monofásica para a trifásica, a água passou a ser tratada pela Saneago e também viu seus aparelhos telefônicos arcaicos e obsoletos serem trocados por aparelhos modernos para época e que lhes dava condições de se comunicar com maior qualidade internamente e no exterior.

Não obstante aos avanços verificados no setor de energia e de telecomunicações, outras obras de infraestrutura marcaram a cidade naquele período. Vieram na esteira deste processo os primeiros mil metros de canalização do Córrego Pirapitinga, rasgando a cidade no bom sentido, permitindo com isso a abertura de bairros importantes como a Mãe de Deus, o do Pio Gomes e parte do São João, os interligando ao centro, além de estancar um foco endêmico de doenças.

A obstinação para tal feito partiu de um jovem médico formado na Faculdade de Medicina da praia vermelha no Rio de Janeiro, lacerdista de carteirinha, tido como cavalo pelos seus adversários, mas extremamente humano para os mais humildes. Fez da medicina e da política um sacerdócio, o branco não caracterizava apenas de seu modo de trajar, mas fazia parte da essência de sua alma. Poucos foram aqueles e ainda são os que podem usar o branco sem que nenhuma mácula os enlameie.

As décadas de 80 e 90 não foram menos significativas para o município, novas lideranças políticas surgiram e deram sequência ao trabalho iniciado na década anterior. A infrestrutura foi ampliada e modernizada. Catalão ganhou novos contornos e aumentou sua participação política e econômica no Estado de Goiás.

Veio a década seguinte e um novo líder surgiu, ficou por dois mandatos à frente do executivo municipal e deu a Catalão os ares da modernidade. Obras em todos os setores emergiram, dando uma nova configuração política, econômica e social a Catalão.

Na sequência, um filho da vizinha Cumari assumiu os destinos da cidade e vem conduzindo-a muito bem. Novas parcerias foram estabelecidas, o que lhe tem permitido dar continuidade à dinâmica administração que a antecedeu. Deu sequência ao processo de modernização do centro da cidade e também nos bairros. Tem dedicado uma parte do seu tempo para ouvir a população e mantido os compromissos de campanha.

No último dia 20 de agosto, como parte das comemorações dos 150 anos de emancipação política e administrativa de Catalão, presenteou a população daquela cidade com a avenida dos prefeitos. Nela se conta a história de Catalão, pois cada um, a seu tempo, deu sua parcela de contribuição para que na contemporaneidade o município chegasse onde está.

Feliz a cidade que preserva o seu passado, pois dele foi modelado o presente que cria as bases para o futuro. Assim tem sido nossa querida Catalão.

No campo econômico tem se mantido firme em busca de novas conquistas. De subsolo rico em minerais, apresenta uma agricultura dinâmica e diversificada tal como ocorre também com a atividade industrial.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em consonância com os extraídos da Superintendência de Estatística e Planejamento do Estado de Goiás, dão conta que o município tinha uma população em 2006 de 71,6 mil habitantes, que teria arrecadado no ano R$ 428,0 milhões de ICMS, apresentava um PIB per capita de R$ 34,7 mil e detinha um PIB de R$ 2,5 bilhões.

A composição de sua riqueza segue a tendência dos municípios que já atingiram melhores níveis de investimentos, pois está assim distribuída: agropecuária, R$ 86,5 milhões; indústria, R$ 850,7 milhões; enquanto que o setor de serviços participou com R$ 1,120 milhão.

Pelos resultados de seus indicadores, naquele ano figurou como a quinta cidade em geração de riqueza, perdendo duas posições, tendo em vista a crise vivida pela agricultura. Passado aquela fase, os novos indicadores que serão divulgados em novembro próximo devem confirmá-la novamente na terceira ou quarta posição, dando à população maiores oportunidades de sobrevivência.

Têm no seu bojo econômico várias atividades, tais como agricultura, pecuária, mineração, metalurgia básica, além de produção de veículos automotores e de tração. Está na iminência de receber outra montadora. Caso se confirme, a cidade ganhará nova dinâmica, com um setor cuja especificidade está em multiplicar as condições de emprego e renda.

Na atualidade exerce a função de polo de desenvolvimento regional, para tanto, seus representantes nas esferas legislativa e federal devem trabalhar de forma que o seu desenvolvimento seja seguido de perto pelos municípios que a cercam. Com isso, novas oportunidades serão abertas nestes cortes geográficos, estimulando principalmente a industrialização, carro-chefe de qualquer política de desenvolvimento.

A industrialização, por um lado, puxa o agronegócio e por outro, o setor de serviços, razão pela qual nas economias desenvolvidas o setor de serviços guarda ligação direta com o desenvolvimento local e regional com vistas ao nacional.

Fica aí os votos de um catalano que, dentro de suas limitações, procura também representar bem o seu povo e a região.

Disponível em: http://www.dm.com.br/materias/show/t/catalao150_anos_de_historia

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