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segunda-feira, 10 de maio de 2010

O MERCADO OCULTO DE TRABALHO EM GOIÁS

A história econômica mostra que existe uma relação direta entre o processo de produção e o mercado de trabalho nas economias desenvolvidas, subdesenvolvidas e/ou emergentes.
A economia gira em torno do binômio consumo/investimento, força motriz do mercado de trabalho, as oportinudades neste campo se abrem ou não em razão da política fiscal, a ser adotada, para fins de crescimento e desenvolvimento.
O desenvolvimento econômico passa necessariamente por um processo de distribuição de renda, o que se verifica também mediande o pagamento de tributos, cuja essência assenta em impostos, taxas e contribuições.
O nível de tributação e da taxa de juros, é que darão o tom do nível de crescimento e desenvolvimento, que economia poderá alcançar. Na esteira destas variáveis poderá haver um maior ou menor número de oportunidades de trabalho a serem abertas e/ou fechadas no período.
O salário pilar de sustentação da renda, obtido pela emprego da mão-de-obra no processo produtivo, será crescente se o nível de demanda por mão-de-obra, superar o de oferta. Em assim ocorrendo o nível de renda proveniente do fator trabalho tenderá a proporcionar melhores condições de vida à população, do contrário, mal lhes assegurará a manutenção do emprego em níveis salariais que atendam as necessidades básicas do trabalhador.
Feitas estas considerações passemos a analisar o quadro do mercado de trabalho em Goiás, principalmente após a crise financeira internacional verificada em setembro de 2008, e que acabou trazendo reflexos negativos para todas as economias mundiais.
A análise terá dois cortes, o primeiro levando em consideração o saldo entre admitidos e desligados, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, e o segundo levando em considerção o número de empregos criados e o número de oportunidades de trabalho fechadas, no mesmo período a partir da mesma fonte de dados.
No que tange ao saldo percebe-se uma evolução positiva no mercado de trabalho goiano em relação a uma série histórica inciando pelo ano 2000, cujo saldo de empregos foi de 10.319, nos anos seguintes foi crescente alcançando 31.766 empregos em 2008, quando teve início a crise. Em 2009, a queda no saldo foi 48%, caindo o número para 17.807 trabalhadores. Os primeiros três meses de 2010, já apontam para uma grande recuperação, pois o saldo de empregos, com carteira assinada, já alcançou 34.657 batendo inclusive o recorde de toda a série histórica, por este lado, pode-se dizer que os efeitos negativos da crise para o mercado de trabalho goiano acabaram.
Por outro lado, quando se analisa o número de oportunidades de empregos abertos e/ou fechados nos primeiros três meses do ano, se percebe que a crise ainda faz parte do cotidiano do mercado de trabalho goiano, pois 78,1% das oportunidades de empregos criadas no período foram fechadas. Na verdade se abriu no período novas 158.374 oportunidades de emprego e fechou 123.717 mostrando o grau de rotatividade de empregos existentes no mercado goiano.
Os setores mais afetados por esta rotatividade são pela ordem: varejista 91,3% atacadista 86,1% serviços 85,1% construção civil 76,3% e extração mineral com 67,1%. A menor rotatividade ficou por conta da indústria de transformação cujo o percentual de demisão no período ficou em 37,1%.
Os percentuais de demissão em relação a contratação, são normalmente ocultados quando do anúncio do número de empregos gerados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no entanto devem ser levados em consideração pelos agentes envolvidos nestes mercados, evitando com isso surpresas desagradáveis.

Disponível em: www.dm.com.br

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