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terça-feira, 18 de maio de 2010

A EMERGÊNCIA DO MERCADO DE TRABALHO NA ECONOMIA BRASILEIRA

O processo de recuperação do emprego nos setores que compõem a atividade econômica no país é fato. A cada pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, via o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), percebe-se o crescimento do número de contratações de trabalhadores com carteira assinada. O problema que têm trazido preocupação é que o número de demissões destes trabalhadores no mesmo período também vem sendo crescente.
Os números do saldo entre admitidos e desligados nos primeiros quatro meses do ano foram os seguintes: Serviços com 38.634 novos trabalhadores, indústria de transformação com 36.041 postos de trabalho, agropecuária com 19.140 trabalhadores e o comércio com a consolidação de novas 14.644 oportunidades de trabalho abertas e mantidas.
A expansão no saldo foi de (3,1%) o que corresponde a um acréscimo de 376.854 trabalhadores com carteira assinada no mercado de trabalho do país. Sendo este o melhor resultado da série histórica desde a criação do CAGED.
Nas regiões metropolitanas o destaque ficou para São Paulo, com acréscimo de 42.850 novos postos de trabalho de maneira formal. A variação neste estado foi positiva em 0,73%. Há outras regiões que merecem destaque: Porto Alegre cresceu no saldo de empregados, com novos 9.823 postos de trabalho, com alta de (0,97%). Em Curitiba a variação foi positiva em (0,97%), com mais 7.416 postos de trabalho abertos ou variação de (0,81%) e Fortaleza com variação positiva de (0,99%) ou novos 6.973 postos de trabalho.
Com o resultado divulgado o país chegou a 41,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que de certa forma, amplia os recursos da Previdência – que historicamente vem acumulando déficits crescentes. Nos últimos doze meses, o incremento no saldo de trabalhadores empregados no país foi acrescido em 1.908.983 (um milhão novecentos e oito mil duzentos e oitenta e três) novos trabalhadores entraram no mercado de trabalho formal, com o Brasil registrando variação positiva de (5,9%).
Goiás, cuja estrutura produtiva está centrada em sua maioria na primeira fase do processo de industrialização, com destaque para os bens de consumo leves, apresentou o melhor desempenho e cresceu (1,80%), incorporando novos 17.171 trabalhadores em seu estoque. Apresentando o mesmo perfil produtivo o estado de Rondônia, também obteve resultado positivo na geração e incorporação de novos trabalhadores ao estoque de empregos. A Unidade da federação, em tela, alcançou crescimento de (1,62%) com saldo de 5.114 trabalhadores com carteira assinada.
Quando digo saldo, é porque as estatísticas do Ministério do Trabalho omitem para efeito de divulgação o número de trabalhadores admitidos e demitidos, isto porque, em média, se demite cerca de 80% dos trabalhadores que foram contratados no período em todas as unidades da federação, mostrando o alto grau de rotatividade de trabalhadores no mercado.
O fato foi agravado com a crise financeira internacional, que vive agora sua segunda fase com desequilíbrios fiscais em países como: Grécia, Espanha e Portugal. Muito embora tenha sido aprovado um pacote de ajuda, não se sabe a extensão deste desequilíbrio.
O cenário econômico não se modificando, as unidades federadas que produzem commodities terão grandes possibilidades de continuar crescendo nos próximos anos. Portanto, terão maior participação na formação do produto interno bruto de seus espaços econômicos, abrindo com isso, a possibilidade para que a relação remuneração média/produto per capita aumente e com ela o número de empregos formais, mantendo assim, o processo de recuperação do emprego iniciado nos primeiros quatro meses de 2009 e mantido no mesmo período do ano em curso.

Disponível em: www.dm.com.br

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