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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

BALANÇO DA ECONOMIA BRASILEIRA

O ano de 2010, está sendo atípico pois a economia brasileira poderá crescer a uma taxa entre 7% e 7,5%. Uma combinação de fatores vem contribuindo para que resultados como estes venha a se materializar, dentre eles destacam: base fraca de comparação uma vez que o ano anterior foi muito afetado pela crise financeira internacional; investimentos realizados no segundo semestre de 2009, pelo setor privado, a partir de redução por parte do BNDES, das taxas de juros de 10,5% para 4%, ao ano, para a compra de bens de capital (máquinas e equipamentos); aumento dos gastos do governo; aumento do consumo das famílias e redução da taxa selic, mesmo que em percentuais muito acima dos praticados no mercado internacional.
A princípio pode-se entender as razões que contribuíram para que o resultado esperado possa vir ser alcançado.
Porquê base fraca? Por quê a insegurança no mercado financeiro proveniente da crise levou a uma retração dos níveis de crédito em escala global, prejudicando o setor produtivo em todas as economias, com reflexos negativos em seus produtos internos brutos.
Porquê a redução nas taxas de juros para a compra de bens de capital contribuíram para a retomada dos investimentos no país? Por quê as medias e grandes empresas só investem nos mercados, se houver recursos subsidiados, uma vez que buscam otimizar seus lucros.
Porquê o aumento dos gastos do governo favoreceu o aquecimento da economia? Por quê este agente ao despender recursos na economia provoca efeitos multiplicadores de emprego e renda, capazes de modificar o perfil produtivo em qualquer economia e de modo especial na brasileira.
Porquê o aumento do consumo das famílias também funciona como vetor de estímulo para a economia? Por quê aquece a demanda levando as empresas a utilizar percentuais maiores de capacidade instalada, isso as leva a mobilizar um maior número de fatores de produção na atividade produtiva, leia-se: capital, trabalho, tecnologia, mão-de-obra e unidades de produção na atividade produtiva, o que por um lado faculta o crescimento da produção e dos níveis de renda no pais.
Porquê a redução da taxa selic, funcionou em alguns momentos como estímulo para o aquecimento da economia? Por quê favoreceu investimentos internos e externos diretos, estes na forma de fusões e incorporações de empresas as colocando com maiores chances de competir no mercado globalizado.
A taxa selic em baixa significa “Real”, menos apreciado em relação ao dólar, este cenário favorece as exportações em detrimento das importações compensando em parte os problemas advindos do custo Brasil, devido a falta de investimentos por parte do governo brasileiro em infraestrutura.
Feito estas considerações pode-se entender o papel da combinação dos fatores citados no primeiro parágrafo, para o aquecimento da economia brasileira no ano em curso. Como resultado teve-se: maior arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais; maior produção, maior número de empregos com carteira assinada; inclusão das classes “C e D”, na atividade produtiva e de consumo; enfim os indicadores socioecnômicos se apresentaram de maneira positiva.
Concluindo, pode-se dizer que o balanço foi positivo em que pese a perda de reservas internacionais pelo déficit apresentado na Balança Comercial, uma vez que nos últimos meses as importações vem superando as exportações.
Disponível em: www.dm.com.br

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A CONVERGÊNCIA ECONÔMICA COMO INSTRUMENTO DE ALCANÇE DO EQUILÍBRIO SOCIAL EM GOIÁS


O modelo de desenvolvimento econômico que vem sendo implantado no Estado, nos últimos 40 anos, pode ser dividido em duas partes: O primeiro patrocinado pelo Governo Federal, no âmbito do primeiro e segundo PND, com fortes investimentos em infra-estrutura. O segundo tendo como âncora os programas de subsídios fiscais estando aí incluídos Incentivos e Benefícios Fiscais.
Muito embora o processo de crescimento e desenvolvimento socioeconômico na contemporaneidade do Estado, tenha sido feito a partir de um processo macro de desconcentração da riqueza, as políticas públicas emanadas pelo mesmo, acabaram favorecendo a concentração da riqueza em apenas dez municípios, sendo estes responsáveis por mais de 70% da riqueza aqui processada.
O Produto Interno Bruto de 2008, divulgado recentemente mostra que os dez municípios mais ricos se revezam entre si no processo de acumulação de capital, proveniente das atividades ligadas aos setores: primário, secundário e terciário, que compõem sua atividade econômica.
Os duzentos e trinta e seis, municípios restantes apresentam na sua maioria produtos de baixo valor agregado, o que pode ser visto tanto pelo resultado do PIB, quanto pelo Índice de Participação no ICMS. Do total mencionado, cento e quarenta e seis municípios não detém nenhuma atividade industrial, noventa, se não têm uma indústria forte, pelo menos conta com uma Cerealista, ou mesmo uma pequena cerâmica, o que de certa forma melhora sua movimentação econômica. O fato que é que ainda dependem demasiadamente do governo do Estado para atender suas demandas.
Os indicadores mencionados dão conta de mostrar as diferenças existentes entre os municípios considerado mais e menos dinâmicos. Os mais dinâmicos são considerados Pólos de desenvolvimento enquanto que os outros municípios vêm se caracterizando como cidades dormitórios.
O problema mora ao lado do Pólo, por quê? A baixa agregação de valor verificada nas cidades menores, faz com que as populações destes municípios, busquem a cidade Pólo, para a resolução de todos seus problemas, com destaque para o emprego. Ao assim proceder poderá retirar em determinados momentos o emprego, dos trabalhadores, que estão a espera de uma nova oportunidade de trabalho.
Há luz no final do túnel para vencer estas diferenças? Há, qual? Permitir via Políticas Públicas, oportunidades a estes municípios, de se industrializarem. Como isto de fato pode se materializar? Através de parcerias destas cidades com o Estado.
A princípio é preciso colocar os municípios parceiros em condições de conceder incentivos e benefícios fiscais. Para tanto projeto de lei deve ser encaminhado às câmaras municipais, autorizando os municípios a utilizarem parte dos 25% a eles destinados constitucionalmente, proveniente do ICMS, como subsídios à industrialização.
Feito isto deverão seus representantes buscar a implantação de distritos industriais, para abrigarem as empresas, principalmente as voltadas a agregar valor em seus potenciais econômicos. Não obstante a estes, os espaços nominados podem receber também empresas cuja matéria-prima, não seja local, mas que contribua de forma direta e /ou indireta para construção de sua riqueza.
Em assim procedendo dar se a, início a um processo de interiorização dos investimentos de forma a promover a convergência econômica para fins de alcance do equilíbrio social, permitindo com isso não só melhor a repartição do ICMS, como também elevar o produto interno bruto e per capita, destes espaços econômicos, reduzindo assim as dificuldades enfrentadas ano após ano, devido a perda de receita.
Eis aí mais um ponto para reflexão.

Disponível em: www.dm.com.br