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sexta-feira, 4 de junho de 2010

POLÍTICAS PÚBLICAS E ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento requer não só recursos e parceiros, mas principalmente ser orientado por políticas públicas, planejadas e consistentes. As estratégias de desenvolvimento devem levar em conta as seguintes variáveis: Localização, infra-estrutura, mão-de-obra qualificada, recursos naturais e materiais abundantes e uma política consistente de subsídios fiscais e financeiros.
A economia brasileira no que tange ao processo de crescimento e desenvolvimento econômico, apresentou dois períodos distintos. O primeiro iniciou com a transição do modelo agrário exportador para o urbano industrial ainda em 30, enquanto que o segundo, teve início em 94, com a edição do Plano Real.
O estacamento dos níveis inflacionários acima de dois dígitos, permitiu ao governo da época reorientar os investimentos públicos, em que pesem os poucos recursos para recriar as bases para investimentos de ordem externa e interna.
A princípio os recursos foram voltados para as privatizações seguindo o receituário neoliberal de afastamento do Estado do mercado, isto combinado com a modernização do parque indudustrial, já que, a demora em abrir a economia por um lado, assegurou a reserva de mercado e por outro colocou em cheque os produtos brasileiros semiduráveis e duráveis quando em concorrência com os externos.
O ponto mais importante deste período foi o resgate do planejamento, a edição dos planos pluri anuais, deu mais controle e mais foco as políticas públicas, para fins de corrigir as distorções verificadas antes e depois da crise fiscal dos anos 80.
A década perdida foi marcada por políticas públicas populistas, praticadas em grande parte das unidades federadas. Se por lado permitiu a realização de obras de infra-estrutura voltadas principalmente para contenção da poeira, por outro deixou de lado a necessidade de inversões para a modernização dos portos, construção de ferrovias e hidrovias, que alimentam eixos estruturantes de escoamento da produção a custos reduzidos.
O resultado deste processo foi à manutenção do custo Brasil elevado, endividamento dos estados regionais, inflação alta e investimentos que não foram capazes de alavancar o processo de crescimento, para fins de desenvolvimento econômico. Os ganhos foram pontuais que acabaram não compensando as grandes perdas de recursos.
No período o processo de globalização em curso exigia das nações a edição de políticas estratégicas que compensassem os erros do passado e ao mesmo tempo as permitissem inserir na nova ordem econômica mundial. Os fins da guerra fria e a ascenção dos blocos econômicos regionais já sinalizavam para a necessidade de mudança de rota, caso contrário ao invés de se dirigir ao centro, a tendência seria a proximidade cada vez maior da periferia dos mercados.
A Carta Magna de 1988, fortaleceu os estados, melhorando sua relação com os mercados. Emergiram políticas públicas para fins de desenvolvimento regionais, centradas em incentivos e benefícios fiscais, criando com isso, uma cama de compensação para a elevada carga tributária em relação ao produto interno bruto.
Os centros dinâmicos da economia brasileira sentiram o peso das deseconomias de aglomeração enquanto que os menos dinâmicos como Goiás, ganhavam espaço em relação a novos investimentos, modificando em parte o seu perfil produtivo. As culturas de subsistência deram lugar às culturas com demanda internacional. A soja, o milho e a cana-de-açucar, mudaram a paisagem dos cerrados.
O Produto Interno Bruto foi redimensionado, o setor de serviços, puxado pela atividade industrial forçou a reorganização da atividade agropecuária, resultado: os indicadores econômicos e sociais cresceram favorecendo o crescimento e o desenvolvimento da economia goiana, a colocando como a nona economia do país, deixando para trás estados importantes como Pernambuco.
O produto agregado cresceu, com ele ampliou a arrecadação de ICMS, os niveis de emprego e renda. Cidades pólos emergiram e um novo cenário econômico foi criado, no entanto Goiás, precisa seguir em frente. Novas demandas surgem exigindo cada vez mais do ente estatal.
A crise financeira internacional derrubou o mito de que os estados devem ser mínimos, pelo contrário, assegurou a estes suas parcelas de importância, no crescimento das economias, não mais como interventores, mas sim como reguladores do processo. Razão pela qual se entende que Goiás, avançou, mas pode e deve avançar ainda mais, requerendo para tanto planejamento estratégico e visão de futuro.
Fica aqui mais um ponto de refexão para a população do Estado, pois Goiás, pode muito mais.
Disponível em: www.dm.com.br

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